domingo, 18 de julho de 2010

François Vatel

O famoso cozinheiro francês, nasceu em 1631, em Paris. Descendente de uma família humilde, ele começou a se dedicar ao aprendizado da confeitaria aos 15 anos. O professor, Jehan Heverard, era padrinho de seu irmão. Aos 22 anos, chegou à corte francesa como auxiliar de cozinheiro de Nicolas Fouquet, superintendente do Tesouro da França.
Talentoso, ativo, organizado e extremamente ambicioso, Vatel logo se tornou maître d’hôtel do Château de Vaux-le-Vicomte, de Nicolas Fouquet, atualmente a maior propriedade privada com o título de monumento histórico da França, uma obra-prima da arte francesa do século XVII.
Em sua vida profissional, Vatel tinha um único objetivo: provar a Luís XIV, o Rei-Sol, que era melhor do que o mestre da cozinha real. Sua primeira tentativa foi em 1661, quando criou um creme batido doce e perfumado, que mais tarde seria chamado de chantilly. Mas o jantar não teve sucesso. Pelo contrário, o rei viu como conspiração. Vatel teve que se exilar por dois anos na Inglaterra.
Por inveja a Fouquet, Luís XIV mandou construir o Palácio de Versalles, convocando os mesmos técnicos e artistas que trabalharam no Château de Vaux-le-Vicomte.
Em 1663, de volta da Inglaterra, Vatel foi trabalhar como extraordinário “Mestre dos Prazeres e das Festividades” para Louis II de Bourbon, no Château de Chantilly. Foi nesta época que seu creme ficou famoso e batizado com o nome do Château: chantilly.
Em 1671, Louis II, o Grande Condé, para recuperar seu prestígio junto ao Rei-Sol, por querer comandar o exército francês contra a Holanda, encarrega Vatel da maior tarefa de sua vida: promover 3 dias e 3 noites de festividades no castelo. Três mil pessoas foram convidadas a passar um final de semana de caça com o rei Luís XIV.
Tudo corria bem até que no jantar da última noite não havia carne para todos os convidados. Desesperado pelo erro, Vatel passou a noite em claro, esperando os peixes para o dia seguinte, Sexta-Feira Santa. Inseguro, com medo da mercadoria não chegar a tempo, Vatel suicidou-se com um punhal. Era melhor morrer do que fracassar diante de sua Majestade, a quem sempre quis impressionar.
Sua morte foi uma tragédia para a França, principalmente depois que se soube que o peixe chegou a tempo. Em respeito a Vatel, não serviram o linguado.
É controvertida a atribuição da criação do creme chantilly à Vatel. Os confeiteiros da Casa dos Médicis já faziam cremes com açúcar e aromas.

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